sábado, 4 de julho de 2009

Grupo, group, Kindred, Folk, Thiases ...

Muita coisa triste acontecendo em pouco tempo, isso sempre me faz pensar em meus deuses e nos aprendizados que tiramos dessas situações. Muitos pensam que cultuar os deuses na verdade pára exatamente nesse ato, não sei exatamente que vantagem Maria leva nisso, no final das contas, porque eu vejo os deuses como algo palpável e diário, eu vejo os deuses e suas ações em mim e nas minhas ações, nos meus amigos e parentes e nas ações deles.
Nos últimos meses eu me peguei compreendendo o quanto eu mesma estava desprovida de valores, no quanto eu mesma estava perdida por conta disso. Também por muito tempo em meu caminho espiritual eu quis caminhar sozinha e nunca havia me dado conta do quanto nós crescemos como seres quando temos a dádiva de podermos caminharmos em grupo, o contato, o carinho e mesmo as brigas nos elevam de uma forma grandiosa, de modo a fazer-nos pensarmos mais e mais no que devemos e podemos melhorar.
Como devota de Apolo, o desejo de ser melhor a cada dia é grande em meu coração, é um desafio afinal, ter de tomar uma nova postura diante da vida e das coisas, dos amigos e das paixões, da família e de si mesmo. Em minha concepção minha espiritualidade deve estar encerrada exatamente aqui, onde eu vivo, onde eu me encontro, onde eu sinto e penso, onde eu estou. Não sinto que meus deuses são apartados de mim, mas estão comigo em cada ação, no meu dia-a-dia, em meu desejo de me tornar uma pessoa melhor, em meu desejo de me vencer como meu pior inimigo (que sou).
Esse contato em grupo tem me elevado de um modo impressionante, tenho visto qualidades minhas que jamais havia visto antes, medos que jamais tive antes, estou tomando posturas e ações que eu também jamais havia tido antes. Entreguei fragilidades minhas, tais como medos, controles, dependências a Zeus e tenho tentado agir de acordo com isso, tenho tentado impor um novo comportamento a mim e entregando esse sacrifício a Zeus. Tenho pensado em milhares de coisas as quais eu desejo mudar, em milhares de coisas que me tornariam melhor tanto para mim, quanto para o mundo, sei que eu tenho que ir com calma, sempre um passo de cada vez, mas a cada dia que eu venço, que eu deito em minha cama e vejo que agi como deveria, sendo verdadeira comigo e com os outros, eu sinto que estou vencendo e me tornando cada vez mais pagã.
Como conversava esses dias no telefone com o meu irmão (de espiritualidade) preferido e que chegamos a um consenso onde sabemos que nos dias de hoje todos os conceitos cristãos que nos fizeram engolir goela abaixo durante toda uma vida, estão alguns tão arraigados que se tornar realmente um pagão se torna uma missão impossível (embora sabemos que isso é bem possível se realmente desejarmos isso) e isso instigou em mim, e acho que também nele, essa vontade de fazer melhor, de ser melhor, de abrir nossos pontos de vistas e de mudar nossas crenças e conceitos.
São nessas fases mais difíceis que encontramos uma luz, uma força que nos impele ir em frente, que nos faz desejar mudar tudo o que parece estar nos deixando estagnados. Quando pude ouvir minha amiga dizendo sobre suas dificuldades, eu vi o quanto foi importante todo este caminho, toda a lapidação que tenho recebido dos deuses, foi como que se eu tivesse visto que realmente eu subi um degrau. Hoje conversando com a Sis, notei que não vale a pena não sermos verdadeiros ou tentarmos passar uma imagem de “semi-deuses”, porque somos mortais e devemos pensar como mortais e viver como mortais, mascaras servem somente para nos prender, para estagnar nosso crescimento. E não creio que exista crescimento sem amor, nem amor sem coragem e nem coragem sem deuses e nem isso seria possível se eu não pudesse observar meu caminho com minha mente e pensamento e tampouco que eu pudesse observar tudo isso sem os olhos daqueles que verdadeiramente me amam e me apóiam nesse caminho.
Acho que acabei por fazer esse post se tornar exatamente um tipo de elogio e de passar a imagem do quanto estou feliz e do quanto sinto que estou crescendo, quando sei que posso compartilhar minha vida e espiritualidade com pessoas que realmente estão aqui comigo e eu espero de coração que eu esteja também fazendo a minha parte no caminho deles!

Um comentário:

  1. Acho que em dado momento todos nós que nos propomos seguir um caminho pagão- e realmente o seguimos- sofremos dessas "crises existenciais positivas" que nos fazem crescer, amadurecer e transcener o entendimento. é bom não é?
    o blog tá ótimo, linkei no meu ok?

    beijinhos,
    Amanda

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